sexta-feira, 29 de julho de 2016

FAMÍLIA

Família - o que é?

A sociedade contemporânea imersa no relativismo quase total empobreceu a tudo e a todos. A riqueza se faz grande na diversidade fundamentada e não no paradoxo "diversidade igualizada". Quando algo pode ser tudo ele não é nada.


O conceito de família nos dias de hoje é algo tão abrangente que não quer dizer absolutamente nada. Assim deixa de ser conceito e passa a ser somente palavra. Hoje tudo e qualquer coisa pode ser considerado família: eu e meu cachorro, meu grupo de amigos, meu time de futebol amador, minhas plantas, minha coleção de playmobil, eu e as pessoas que moram comigo, as pessoas que mantenho relação afetiva, etc. E se alguém discordar é puro preconceito e ponto final.

O conceito de família desde tempos imemoriais é relacionado a progenitores e prole. Ou seja, homem, mulher e seus filhos e pode ser estendido por toda árvore genealógica. Por isso pode existir família: mãe, pai e filho; mãe e filho; pai e filho; avô (ós) e neto. Todo os outros "modelos de família" não podem ser conceitualmente família, mas podem ser arranjos afetivos com outra denominação. Compreendido isso fica óbvio que núcleo familiar só pode existir entre "pai, mãe e filho(s)", portanto qualquer outro arranjo é extrapolação do conceito de família. É aceitável, como exceção, que arranjos que busquem reproduzir o conceito, mas que por algum impedimento natural acidental não intencional, sejam reconhecidas como família.

Não é um "fundamentalismo cristão", mas o respeito a lógica. Vide sociedades pagãs como a Roma antiga em que relações afetivas entre homens era comum, mas família era o homem sua mulher e seus herdeiros reconhecidos. O abandono do núcleo familiar por parte de um dos progenitores não é prova da falência da "família tradicional" (outro conceito vazio), mas prova da má formação moral do desertor que não soube ser responsável por seus atos.

O relativismo além de destruir riqueza e conceitos, criou monstros inimigos e imaginários como "fundamentalista", "moralista", "legalista", tais palavras hoje são sinônimo de alguém reacionário, tacanho, careta - respectivamente - e não o que realmente são: alguém que argumenta com fundamento sólido, alguém que age com respeito à moral estabelecida, alguém que sempre cumpre a legalidade das coisas.

Uma sociedade pra ser rica e plural precisa de seus conceitos e de sua moral bem fundamentados e a legalidade precisa espelhar tais fundamentos. Tal necessidade prescinde do Estado, mas é imprescindível das famílias.


R. B. Figueiredo

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