sexta-feira, 25 de março de 2011

A Lua


Um dia sonhei ver a Lua brilhar.
Até certo momento,
Quando finalmente ela radiou,
Linda e fascinante,
Naquele céu que estava nublado.

Ofuscou o brilho de todas as estrelas do céu,
Fez o homem que há aqui sorrir,
Ao olhar àquela luz intensa que clareava a escuridão,
Escuridão em que ele não queria mais habitar.

Então veio o outro dia
E da Lua ele foi afastado...

Ele sonhava, vivia a esperança,
De aquele ser celeste
Re-habitar e iluminar a noite traiçoeira.
Aquecer o frio da gelada madrugada,
E não mais viver na solitária escuridão.

Vem, ó Lua, completar
O infinito deste pequeno coração!

Quando enfim chegou seu perigeu
Vieste com todo poder que há em ti,
Atração gravitacional de grande magnitude,
Capaz de causar desastres em nações desavisadas,
Entretanto fez morada doce em meu coração.

Fique, ó Lua, a completar
O infinito deste pequeno coração.


R. B. Figueiredo

segunda-feira, 14 de março de 2011

Após o infinito de seus olhos


Quando Bilac falou da Via Láctea
Disse-nos dos poderes de quem ama,
Já eu vos digo mais...

Por que quem ama liberta o espírito!
E oh cara minha, é pelo espírito
Que se enxerga o invisível
E se encontra o infinito!

Imenso universo colorido
Cores gritantes para quem não ama...
Ao ponto de parecer para o de fora
Que, quem ama é ridículo!
Mas, é por este ridículo pessoal
Por onde se formam reinos informais
Capazes de gerar a energia vital
Para movimentar esse mundo irreal.

Então liberte-se...
Deixe seu espírito voar
Deixe-o respirar ao balançar das rosas
Deixe-o sentir o toque dos anjos
Deixe-o enxergar todas as cores
Deixe-o provar o sabor dos manjares
Deixe-o ouvir essa doce melodia...

Deixe-o...
Rompa as dimensões do conhecido
E seja livre, livre para sonhar,
E realizar seus mundos.


R. B. Figueiredo