domingo, 21 de dezembro de 2014

Resenha - Economia e Moral

Economia e Moral

Há pouco tempo li “Família - novo sinal dos tempos” do Pe. Rafael Solano, um excelente livro sobre teologia moral em que o autor busca resgatar a “primazia da caridade” sobre todo e qualquer ensinamento moral. Sobre este tema o livro é maravilhoso, visto que é curto para discorrer sobre um tema tão delicado e, nos dias de hoje, tão mal compreendido. Mas escrevo este texto por outro ponto presente no livro que acaba se tornando como um calcanhar de Aquiles para muitos, pois na própria argumentação o autor explica que é um grande erro analisar um tema por uma aparência externa e simplista, ou seja, não posso concluir sem antes ir além das caricaturas.

A certa altura ele afirma: “No mundo no qual nos encontramos, quem mais entende a dimensão sentimental do povo são os economistas. De maneira incrível, vemos diariamente que o ecônomo se move à medida que os desejos são manipulados.”, tenho de concordar por ter começado com “no mundo no qual nos encontramos”, e, com toda sua percepção a respeito de como a maioria dos economistas atuais enxergam as necessidades, ou melhor, os desejos humanos e se julgam os bastiões da sociedade. O que não posso concordar em sua argumentação é a conclusão de que toda essa pretensão em manipular os desejos humanos, os quais podem levar o homem a um individualismo utilitarista e materialista ao extremo seja um problema do liberalismo econômico. Ora, não posso concordar com isso visto que “no mundo atual” o mainstream é o intervencionismo mais alinhado ao keynesianismo. E, principalmente, porque um economista liberal não se julgaria capaz, ou na posição, de dizer o que é melhor e quais são os desejos do povo de forma impositiva. Hayek já havia condenado isso no famoso discurso “A pretensão do conhecimento” na ocasião da premiação do premio Nobel em 1974.

Escrevo este texto porque é comum a crítica ao liberalismo como uma teoria perversa que leva o homem a um individualismo egocêntrico extremado. Compreendo a crítica do ponto de vista em que alguns libertários levam a ideia da liberdade econômica pra perspectiva moral (que não faz parte da ciência econômica, mas da filosofia moral) e, portanto, acabam confundindo liberdade com ausência de moral ou com pura libertinagem. Outro ponto comum que critico no livro é a associação de que uma “sociedade comercial” ou que a livre economia giraria, apenas, sobre interesses financeiros.

De um modo simplificado eu dividiria a “ciência econômica” em quatro linhas de pesquisa. São elas: administração, contabilidade, finanças e comércio. Resumidamente, administração é o ato de administrar recursos, desde materiais a humanos; contabilidade o ato de registrar as ações e “contar a história” de pessoas ou empresas; finanças o ato de manusear e dar retorno a recursos financeiros (estaria mais próximo da administração do que da contabilidade ou do comércio); e, por fim, o comércio são as trocas que indivíduos ou famílias realizam entre si.

Acredito que essa confusão em que muitos libertários mergulham de cabeça seja porque o “mercado” é uma realidade amoral que responde às necessidades humanas, desde as mais básicas até as supérfluas. O problema desta confusão é que ela reforça o espantalho criado sobre os economistas liberais. Ora, para o mercado ser amoral não é necessário que a sociedade também o seja. Pelo contrário, para que uma sociedade possa prosperar pacificamente é necessário que haja uma moralidade sólida. Não à toa Adam Smith antes de escrever “A riqueza das nações” escreveu e refletiu sobre a “Teoria dos sentimentos morais”.

Quando um economista defende o liberalismo ele está a defender a liberdade de interação entre os indivíduos, entre as famílias – as quais são a base da teoria econômica liberal – e não sugerindo uma libertinagem moral. Quando um indivíduo age de modo imoral ou é por uma índole perversa ou por uma formação moral deficitária e inadequada. Neste caso cabe a instituições peritas em moral como a Igreja Católica rever o modo como transmite seus ensinamentos morais, e, por isso é tão importante excelentes obras como a que li na qual resgata uma teoria moral cristã construída sobre a maior das virtudes: a caridade.


R. B. Figueiredo

terça-feira, 14 de outubro de 2014

De propósito?

De propósito?


Há várias formas de se limitar ou até retirar por completo a liberdade de um povo; uma delas é através de uma educação financeira que torne a população dependente ou refém do status quo da política econômica e tributária. O povo brasileiro é um exemplo dessa situação.

Com o histórico econômico que o Brasil teve nos últimos 65 anos era de se esperar tal cenário, especialmente os últimos 30 anos. Por quê? Porque os últimos 30 anos são os anos que formaram a maior parte da população economicamente ativa no país.

De 1985 a 1994 o cenário de hiperinflação obrigou os trabalhadores a praticamente utilizar todo o salário do mês no dia do recebimento, pois se esperasse até a semana seguinte era possível que o recebido já não tivesse quase nenhum valor, ou melhor, poder de compra. Portanto, guardar dinheiro era, literalmente, rasgar dinheiro. Ninguém em sã consciência e sem acesso a moeda estrangeira guardaria dinheiro em casa ou no banco, principalmente após o sequestro das poupanças realizado pelo Plano Collor (1990) e a quebra de alguns bancos que levou muita gente à falência. Esse período deixou uma marca na alma de quase toda família brasileira economicamente ativa na época, resultando na consolidada prática atual de não formar reservas.

Resumidamente, os anos de 1994 a 2010 entregou à população brasileira a sensação de segurança, mas não houve uma reeducação para que se adotasse a prática de formar reservas. Principalmente porque a política de expansão da base monetária, constante e em níveis cada vez mais elevados, forneceu a falsa sensação de crédito fácil, e, pelo efeito dominó a, também, falsa sensação de enriquecimento da população. Tal situação formou uma massa de pessoas endividadas (ainda que acreditem não estar endividados por serem “bons pagadores”), não que a utilização de crédito seja algo ruim, mas para se utilizar crédito também é necessário que haja um planejamento financeiro sustentável. Tudo isso somado à cultura de não formação de reservas torna as pessoas dependentes de um emprego que lhes dê um salário fixo todo mês, pois nunca sobra nada. Portanto, a possibilidade de mobilidade dessas pessoas se reduz a quase zero. Contudo, era uma situação razoavelmente sustentável pelo uso do tripé macroeconômico, com o qual era possível que houvesse uma correção menos incisiva sobre os malefícios causados pelos longos anos de incentivo ao consumo desenfreado.

A legislação tributária também não ajuda. Imposto sobre renda e propriedade empobrece e confisca aos poucos o que muitos batalham anos para conquistar. A meu ver – já que não é possível eliminar todo tipo de imposto e taxação – o imposto que mais ajudaria a educar uma população seria somente sobre o consumo, pois incentivaria a formação de poupança e reservas quando consumir se tornasse inviável, e, ajudaria a combater a inflação.

Entretanto os últimos 4 anos (2010 a 2014) em que se abandonou o tripé macroeconômico e se incentivou, de forma irresponsável, o consumo com a justificativa de que impulsionaria a produção interna, além de tantas outras medidas equivocadas (redução dos juros artificialmente, aumentos dos gastos públicos sem responsabilidade fiscal, etc.) vêm mais do que destruindo a economia nacional, mas formando definitivamente pessoas dependentes do status quo.

Em países ou continentes com maior liberdade econômica as pessoas, normalmente, têm o hábito de poupar. Tal hábito os possibilita passar por crises econômicas de forma mais suave, enfrentar melhor um desemprego temporário, ter como pedir demissão para procurar outro emprego, investir em um empreendimento, ou até mesmo mudar de país (em caso de continente) ou estado (como no caso dos EUA em que a política econômica muda de estado para estado) em busca de melhores condições de vida. Essa mobilidade é algo relativamente comum onde há liberdade.

Ao contrário do que muitos pensam o hábito de poupar independe da renda familiar. É apenas uma questão de educação financeira que leva ao bom consumo e autocontrole. Excetuando-se, é claro, em caso de extrema miséria.

Portanto se concluí que a má educação financeira é uma poderosa máquina de produzir escravos que acreditam viver em liberdade. Fica a pergunta: é de propósito?




R. B. Figueiredo

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Concorrência desleal?

Concorrência desleal?


Perto ao condomínio onde moro há um trailer que vende pastel (Pastel da Tia Neuza) e do outro lado da avenida também há uma loja da franquia Subway. O proprietário do pastel relatou que o proprietário da franquia Subway tinha reclamado por julgar a situação como “concorrência desleal”.

Conversando com minha noiva ela compreendeu a reclamação do dono do Subway, afinal ele supostamente paga aluguel, IPTU, salários e encargos trabalhistas, e, além de tudo isso ele não pode reduzir o preço por fazer parte de uma franquia. Enquanto o dono do pastel, teoricamente, só trabalha de quinta a domingo e não tem restrição quanto à precificação do pastel. Disse ela: “É óbvio que o dono do Subway iria reclamar”.

Eu poderia utilizar o caso para discorrer sobre diversas coisas: efeitos da política monetária expansionista, ciclos econômicos, entre outros... Mas ater-me-ei à questão da concorrência, ao intervencionismo/protecionismo e seus efeitos de modo simplificado.

Primeiro é importante analisar os dois estabelecimentos – ainda que por suposições e superficialmente. Podemos adotar a analise da minha noiva sobre o Subway: aluguel, IPTU, taxa condominial, salários e seus encargos, e, preços tabelados. Tudo isso entra no cálculo do custo de investimento para manter o estabelecimento funcionando. Obviamente esse cálculo é refletido no preço final de seus produtos, apesar de na contabilidade essas despesas não fazerem parte do cálculo do Custo da Mercadoria Vendida (CMV), ou seja, do custo dos produtos em si. Agora é a vez do pastel: utiliza área pública, e deve pagar seus funcionários por diárias... À primeira vista parece que o dono do Subway tem absoluta razão, mas não é bem assim. A análise do pastel deve considerar: Prestação do trailer, IPVA (licenciamento e Seguro DPVAT), por ser mais de dois dias por semana há vínculo empregatício, portanto paga o salário da categoria e demais encargos.

Já com essa análise superficial é possível perceber que os custos de investimento nos dois estabelecimentos são onerosos e exigem um bom planejamento dos proprietários, assim como todo empreendimento em CNTP. Até aqui nada que justifique a acusação de “concorrência desleal”. Alguém poderia dizer que é desleal porque o preço do pastel é inferior ao dos sanduíches visto que os preços dos sanduíches são variados e o do pastel é um só para todo o cardápio. Ora, não foi exatamente com a estratégia de oferecer um produto mais barato no mercado que a Rede Subway conseguiu ser o sucesso que é hoje em praticamente todo o Brasil e espalhado pelo mundo inteiro? Mais uma vez é questão de planejamento e gerenciamento, portanto ainda não temos nada que justifique a acusação.

Afinal o que seria uma “concorrência desleal”? Primeiro teríamos que ter uma concorrência direta (produtos iguais ou muito semelhantes, exemplificando: Subway X Quiznos) e não indireta, pois apesar de ambas pertencerem ao ramo alimentício seus produtos não são semelhantes, podemos classificar como uma concorrência indireta. Só então poderíamos, talvez, considerar uma “concorrência desleal” se houvesse a prática de “preço predatório”, uma espécie de “dumping” em que a empresa ao entrar no mercado assume o prejuízo por praticar preços abaixo do custo com a finalidade de quebrar as concorrentes (algo semelhante ao que a Gol foi acusada na época em que entrou no mercado: Varig acusa Gol de prática de "dumping"). Dito isso torna-se difícil considerar o Pastel da Tia Neuza como um concorrente desleal da gigantesca Rede Subway.

Entretanto, o pensamento dela é semelhante ao de um governo intervencionista, o qual diante da situação, provavelmente, agiria para “proteger” os empresários prejudicados e regularia o mercado, impedindo o funcionamento do “concorrente desleal” naquele local ou o forçando a praticar preços mais “justos”. Muitas pessoas achariam tal medida nobre e digna de aplausos, a qual só ocorre em termos hipotéticos, é claro! Principalmente aqui no Brasil que é um país com muita liberdade econômica!

No fim das contas a prejudicada é a sociedade como um todo, consumidores e empregados. Os consumidores serão forçados a pagar preços mais caros pelos mesmos produtos, enquanto os empresários não se veem obrigados a diminuir seus custos para oferecer produtos melhores e mais baratos, pois o governo garantirá que seu ramo permaneça forte e competitivo. E empregados que se tornam reféns de sindicatos e acordos coletivos (os funcionários do pastel recebem relativamente mais do que os do Subway). A conclusão é de que empresários não precisam da proteção do Estado e sim de liberdade para atuar dentro dos limites da legalidade. A sociedade agradece e os cidadãos são os maiores beneficiados, principalmente os mais pobres.



R. B. Figueiredo

quarta-feira, 23 de abril de 2014

UM ESPELHO CHAMADO JEJUM

Um espelho chamado jejum


Essa quaresma foi proveitosa e aprendi – de modo pessoal – um grande valor escondido na prática do jejum. Já me questionei inúmeras vezes o porquê de se jejuar, qual a lógica de “passar fome”, pois desta vez encontrei um grande espelho na prática do jejum.

Mas, como assim um espelho?

Vejamos a partir de uma famosa frase de C. S. Lewis (sim, o autor de Crônicas de Nárnia): “Se você está à procura de uma religião que o deixe confortável, definitivamente eu não lhe aconselharia o cristianismo”. Poderia encerrar a explicação por aqui, mas carece de mais. Alguém poderia perguntar: “por que o cristianismo é uma religião que não me deixará confortável? Que loucura! Eu sempre aprendi que o cristianismo é a religião que prega o amor, que Jesus era um homem tão carismático e grandioso!”. Sim, você está correto. Jesus realmente prega o amor. O problema é o que se compreende por amar. O amor que Jesus prega é o amor ágape e a atitude de se submeter à kénosis (esvaziamento de si mesmo).

Assim como os Filósofos Gregos e os Espiritualistas Egípcios, também os Padres da Igreja ensinavam que para conhecer a Deus é preciso conhecer a si mesmo e o instrumental para isso é a kénosis. Qual a melhor forma de conhecer a si mesmo? Seria olhar para si em um espelho que não reflita apenas superficialidades? Exatamente!

O relato do capítulo 4 de Mateus diz: “Jesus foi conduzido ao deserto pelo Espírito, para ser posto à prova pelo diabo. Ele jejuou durante quarenta dias e quarenta noites. Depois, teve fome. O tentador aproximou-se e disse-lhe: ‘Se és o Filho de Deus, manda que estas pedras se transformem em pães!’ Ele respondeu: ‘Está escrito: Não se vive somente de pão, mas de toda palavra que sai da boca de Deus’!”

A narrativa anterior é o batismo de Jesus por João Batista e logo em seguida dá-se início à sua vida pública e o anúncio do reino. Por que o Espírito é tão mal? Por que fez isso com Jesus? Ora, somente na precariedade é que o homem demonstra verdadeiramente quem é, qual a essência que domina seu coração, e, desnuda toda a imagem embaçada e torta, a qual engana os olhos humanos. E Jesus demonstrou que estava pronto; que a essência de seu coração era a palavra de Deus, a vontade do Pai. É muito fácil ser caridoso e bom quando se está na comodidade, no conforto, quando não há nada que te tire do sério: “Se amais somente aqueles que vos amam, que generosidade é essa? Até mesmo os pecadores amam aqueles que os amam” (Lc 6, 32).

O cristianismo quando levado a sério rompe com o véu que esconde o coração do homem e o introduz no templo, purificando-o de sua animalidade. Esse processo é dolorido e nada confortável, o que explica a frase de C. S. Lewis, mas além do sofrimento da Cruz está a ressurreição em Cristo, está a vida eterna.

Portanto, quão poderoso é o jejum que nos tira de nossa comodidade, nos arranca do conforto, do prazer de saborear uma deliciosa refeição, que nos tira do sério, revela quem realmente somos e qual a essência de nosso coração. Jejum, o poderoso espelho que reflete além das aparências externas.



R. B. Figueiredo

terça-feira, 15 de abril de 2014

Neoliberal?

Neoliberal?

O termo é desprezado tanto por liberais como por socialistas. Na prática é pior para os liberais, exatamente pelo sufixo ser a palavra “liberal”, pois os leigos associam uma coisa com outra e são induzidos pelo tom pejorativo em que é utilizado. Entretanto, se fosse possível encaixá-lo em alguma situação prática poderíamos relacionar aos últimos governos brasileiros de matriz socialista ou social democrata.

Neoliberalismo, na verdade, é uma confusão de conceitos ou a tentativa estranha de se formar uma nova “economia mista” – nada tem a ver com Liberalismo Econômico. Ganha força o tom pejorativo quando se leva o discurso para o campo ideológico, o que, de fato, em nada contribui para a vida real. Por mais bem intencionada que seja a pessoa que quer viver um “sonho” (não confundir com objetivo ou planejamento de vida) ou no “país das maravilhas”, acaba por não contribuir nem para si e muito menos para o próximo.

É importante entender que não existem países/cidades liberais “puro-sangue”, nem  EUA, Singapura ou Hong Kong. Outro ponto importante é que não existe no Brasil um partido Liberal ou Conservador (outro termo muito mal compreendido por aqui), o que existe são políticos solitários que fazem uma caricatura muito ruim desses posicionamentos políticos e econômicos.

O termo “neoliberal” é associado a políticas parecidas com as propostas do Consenso de Washington[i], políticas até certo ponto adotadas no Brasil por FHC, Lula e até Dilma de forma mais torta que os outros dois. O que mais é associado ao termo são as privatizações (no governo do PT tem sido denominada de “concessão”), essas ações são a vida real exigindo que se faça o que é preciso. Em qualquer lugar do mundo e da história recente é perceptível tal conduta – vide a China comunista. Entretanto, pessoas apegadas em excesso a ideologias não conseguem dar o braço a torcer por completo e utilizam subterfúgios que, na prática, fazem tanto ou mais mal à população do que a situação anterior.

Portanto, se você utiliza o termo ou é por ignorância ou por ser um idiota fazendo papel de papagaio bobo. Não foi objetivo desse texto esmiuçar o conceito e suas implicações – o que não impede que você o faça – mas a tentativa de fazer com que você não seja um “rec-repete” replicando o que escuta por aí como se usar o termo refutasse tudo.

R. B. Figueiredo



[i] http://www.iie.com/publications/papers/paper.cfm?ResearchID=486

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Enquete


Uma escola de ensino médio promoveu um debate entre dois candidatos ao governo de sua cidade. Em um determinado momento um jovem questionou: Somos adolescentes e em breve entraremos em um trabalho ou em uma universidade; qual o futuro que vocês querem propor para nós?

Candidato 1: Quero garantir que suas escolhas sejam respeitadas! Como? Fortalecendo e respeitando as instituições que tornam a democracia forte e verdadeira. O sucesso será resultado de suas próprias escolhas. Por isso escolham bem! Aconselho a não desanimar diante de uma dificuldade e enxergá-la como oportunidade de crescimento, a acreditar que o desafio irá torná-los mais preparados para a vida real; a se dedicar àquilo que escolheram; a não esperar de ninguém uma “mãozinha”.

Candidato 2: Quero garantir a vocês um futuro brilhante! Como? Implantando políticas que tragam igualdade a nossa sociedade. Garantindo que todos tenham uma renda semelhante, ou seja, diminuiremos as desigualdades que trazem tanto transtorno a nossa sociedade. Não se preocupem! Visando o bem-estar, em nosso governo, sempre faremos o melhor para todos vocês.

Qual ganharia o seu voto?

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Reflexão


Outro dia um amigo me exortou a acreditar que poderíamos mudar o mundo. Respondi: tenho medo daqueles que querem mudar o mundo e prefiro aqueles que querem preservar as coisas boas do mundo.


Talvez não tenha sido compreendido.

É simples! Os que querem mudar o mundo são tão convictos de suas ideias que são cegos o suficiente para jamais se questionar os pontos falhos e as "verdades" que sustentam. Isso o torna um ditador em potencial! Um exemplo de homem que queria mudar o mundo é Hitler.

Hoje eu acredito na liberdade. Liberdade pressupõe responsabilidade que pressupõe esforço. E liberdade é estritamente individual. Pode-se até garantir que os outros possam optar pela liberdade, mas não obrigar alguém a escolher a liberdade. Portanto, acredito mais nos que querem preservar as coisas boas do mundo. Acredito no indivíduo que busca dar o seu melhor naquilo que faz e assume suas responsabilidades, pois é tudo o que realmente pode fazer de melhor.

Um exemplo é Jesus Cristo. Jesus não veio para, e, nem quis, mudar o mundo. Seu propósito sempre foi indicar o caminho da liberdade, a qual apesar de vivermos em sociedade é individual, e mostrou que este caminho exige responsabilidade e esforço, mas que a consequência é eterna.

O impulso revolucionário normalmente vem acompanhado de imprudência