terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Conselheiro


É difícil entender teus motivos
Conquanto sempre assertivo em tuas previsões
Por mais irracional aos meus olhos, ou a outros
Teimosamente insisto em seguir teus dizeres.

Ato reflexo instintivo
Rota traçada por tuas vias cavas
Tais caminhos a beira de profundos precipícios
Ornamentados com paisagens diversas.

Vistas de diferentes pontos
Traduzem belas ou trágicas histórias
 Condicionadas à luz da interpretação
Essa feita pelo outro, o qual freqüentemente se engana.

Quantas vezes prossegues por vielas espinhosas
A fim de rasgar a pele e expulsar o veneno
Toxina provocada pelo outro
O qual acredita ser o diretor.

Incansável em perdoar as escolhas mal feitas
Continua a proporcionar os conselhos certos
Infundados em lógica matemática
Entretanto oriundos de equações incalculáveis.

No instante, traz consigo o sentimento de “trouxa”
E com ele a angustia devoradora
Momento tal que o outro se diz correto
Mal sabe que imediatismo gera falhas incorrigíveis.

Nosso herói sabe que tudo irá se acertar
Ainda que o resultado seja inimaginável
A conclusão da história será a melhor
Basta escutar sua voz que retumba dentro do peito.

R.B. Figueiredo

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