sexta-feira, 12 de julho de 2013

Breve reflexão sobre a perseguição socialista à Igreja Católica

Breve reflexão sobre a perseguição socialista à Igreja Católica


Os socialistas têm razão em colocar “na mira” de sua ‘causa’ a Igreja Católica e seus valores através do Marxismo Cultural. Afinal, em praticamente todas as searas do conhecimento a tradição católica traz com muito realismo percepções justas que demonstram o quanto é equivocada e injusta a ‘ideologia’ socialista. Utilizam de meios sórdidos e espúrios para inserir no inconsciente coletivo inverdades sádicas com a finalidade de orientar a sociedade à negação do catolicismo e da cultura judaico-cristã, infelizmente, até mesmo no próprio meio católico de forma disfarçada.
Não é loucura o pensamento de Gramsci: “O mundo civilizado tem sido saturado com cristianismo por 2000 anos, e um regime fundado em crenças e valores judaico-cristãos não pode ser derrubado até que as raízes sejam cortadas.”, é apenas a constatação de que pra implantação do comunismo é preciso destruir os valores judaico-cristãos. E como se dará isso? De modo lento, mutante, camaleão e através de instalações de pequenas inverdades, até se tornar verdade. Como nos demonstra o exemplo e a frase de Joseph Goebbels: “Uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade”.

Para dar exemplo dessa necessidade posto o link deste artigo sobre economia que demonstra seus princípios ligados diretamente aos escolásticos do século de ouro espanhol: "As raízes escolásticas da Escola Austríaca e o problema com Adam Smith" “[...]as raízes da concepção dinâmica e subjetivista da economia eram de origem continental e de que, portanto, deveriam ser procuradas na Europa mediterrânica e na tradição grega, romana e tomista, mais do que na tradição dos filósofos escoceses do século XVIII. [...]Quem foram estes precursores intelectuais da moderna Escola Austríaca de Economia?  A maioria deles foram dominicanos e jesuítas, professores de moral e teologia em universidades que, como a de Salamanca e a de Coimbra, constituíram os focos mais importantes do pensamento durante o Século de Ouro espanhol”.

As grandes contribuições da Igreja para a sociedade em prol da vivência social do evangelho são negligenciadas e voluntariamente não citadas pelo sistema educacional a ponto de fazer uma caricatura da Igreja que convence a muitos, a caricatura de inimiga da ciência, da razão, de uma sociedade livre e justa.

Por exemplo: hoje no trabalho um colega me viu ler um livro sobre a história da Igreja e disse: “Não fica lendo muito sobre a história da Igreja, senão você deixará de ser católico.” E o outro emendou: “Sou católico, mas essas coisas da Igreja.” Minha resposta foi imediata: “Pelo contrário! Quanto mais eu leio mais aumenta minha fé”. Quando comecei a falar a respeito da desonestidade que se aplica em relação à Igreja fui logo cortado: “Não vou entrar no assunto com você porque religião não se discute. Meu pensamento é divergente do seu”. E sucedeu a “ditadura do silêncio” denunciada por G. K. Chesterton: “A tolerância moderna é, na verdade, uma tirania. É uma tirania porque é um silêncio”.

Os motivos em geral são: “A inquisição matou muita gente” - não deixa de ser verdade - mas é superestimada com o intuito de construir àquela caricatura. Aconselho a leitura de: "The Spanish Inquisition: A Historical Revision - Henry Karmen" Ou o livro do mesmo autor publicado pela Yale University Press. “A Igreja é contra a ciência e a razão”, mas não tem a menor idéia do que a Igreja fez em relação à busca pelo conhecimento e ciência (como o artigo acima, sobre economia, demonstra não ser verdade) ou como no livro: "The Sun in the Church: Cathedrals as Solar Observatories", de John L. Heilbron, publicado por Harvard University Press, ou ainda homens como: Nicolau Steno, considerado o “pai da geologia”; ou Athanasius Kircher, “pai da egiptologia”; ou Mendel (genética); ou Nicolau Copérnico; ou Tomás de Aquino; Agostinho; a influência dos Monges Beneditinos na reconstrução da Europa; como por exemplo: Giuseppe Moscati que era leigo, médico, cientista, professor universitário e pioneiro em bioquímica; e tantos outros.

Portanto, são completamente desonestas as afirmações negativas contra a Igreja Católica. Os erros em sua história são reflexos de julgamentos de homens e não do conhecimento produzido ao longo de muitos séculos com base na moral judaico-cristã, nos clássicos da filosofia grega, nos preceitos do direito romano, de cientistas dedicados em busca da verdade e comprometidos com um modelo metodológico honesto, aliás, o método científico foi elaborado também pelos escolásticos. Esse conhecimento produzido ao longo de muitos séculos é o foco que se pretende derrubar.


R. B. Figueiredo

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