Crítica à rebeldia dos “livres pensadores” de hoje.
Hoje a regra dos denominados “livres pensadores” é a seguinte: “Vamos ser contra tudo o que a Igreja diz! Não importa a qual custo. Vamos argumentar de todas as formas possíveis. Para mostrar que a Igreja está errada. Afinal, ‘Die Religion... Sie ist das Opium des Volkes’, já dizia o magnânimo, excelentíssimo, senhor nosso, o venerável Karl Marx ao criticar a obra de Hegel em 1844. E ele estava certo! Sempre estará!”. Como disse G. K. Chesterton: "Homens que começam lutando contra a Igreja em nome da liberdade e humanidade acabam por abrir mão da liberdade e da humanidade para poder lutar contra a Igreja".
Veja, concordo com Marx ao criticar a religião “enquanto felicidade ilusória dos homens”, pois é isso que boa parte das pessoas “religiosas” buscam na religião: sentir-se bem consigo mesmo e assim acreditar ser mais puro que os outros homens; sentir-se “em alfa”; sentir-se livre do horror do mundo; etc. Nesse aspecto essa religião torna-se o ópio do povo. Contrariamente a tudo isso é que se encontra a doutrina cristã, a qual coloca o mais límpido espelho a frente do individuo e assim ele tem de perceber-se tão pecador como qualquer outro; que insere o individuo na realidade de sua vida pessoal e o retira do nirvana; que o faz perceber que todos os horrores do mundo são reais e tudo o que o homem é capaz de fazer. E, mesmo assim traz uma mensagem de esperança que não se encontra na capacidade humana – pois todo homem é capaz de cometer todo tipo de maldade – mas na perfeição divina. Portanto, a doutrina cristã leva o homem “a exigência da sua felicidade real” e não a felicidade que o mundo materialista e hedonista prega. Como diria C. S. Lewis: “Se você quer uma religião confortável, eu definitivamente não aconselho o cristianismo”. O erro do discurso de Marx é depositar toda a confiança do homem em si mesmo, tornar o homem o seu próprio sol, mas esse sol é muito limitado e sua luz opaca e imperfeita, assim ele próprio cai na ilusão que critica e invalida sua própria filosofia.
A regra dos atuais “livres pensadores” é como um jovem cujo sonho é estudar na universidade mais concorrida de seu país, mas se revoltou contra o conselho de seu pai, e dizia que estava a podar sua liberdade, que isso tudo era um absurdo. Seu pai por experiência tinha-lhe dito: “Filho, não saia de casa no período da tarde para jogar futebol na praça. Fique em casa e estude para o vestibular.”.
O grande problema dos debates de hoje em dia é que todos argumentam como quem discute Futebol Americano sob o ponto de vista do Futebol (Soccer) da FIFA. Ora, é impossível que se entendam e cheguem a um acordo racional e lógico. Para analisar a lógica de qualquer sentença é imprescindível compreender suas premissas básicas e tomá-las – ainda que não as aceite como verdade – por verdadeiras, só então o contra argumento terá lógica e coesão.
Não se deve julgar o cristianismo pelo que alguns cristãos dizem e muito menos pelo que muitos praticam em suas vidas, nisso eu também me incluo. Pois somos todos homens capazes de toda atrocidade possível. E aqui se encontra novamente o erro de Marx, pois seu julgo recai sobre a atitude dos religiosos e não sobre o estudo da doutrina. Assim, acredita que a solução pra liberdade é confiar plenamente em suas próprias capacidades humanas e desprendimento de qualquer doutrina orientadora. Ora, como é incoerente fazer uma pregação e negá-la logo em seguida. É claro, existe muita coisa boa sendo dita, escrita e praticada, mas deve-se comparar se está de acordo com a doutrina antes de criticar. Ao contrário do que se acredita o Método Teológico Cristão em nada é um adversário da Razão.
As investidas de movimentos como o Femen e tantos outros movimentos correlatos contra a Igreja e seus preceitos são incoerentes e irracionais. Negam sua própria causa e demonstram até que ponto certas filosofias se tornam o ópio do povo. Não demora e veremos perseguição contra os cristãos iguais ou até piores as do Século I e seguintes.
R. B. Figueiredo
Confira:
E esses são só alguns casos recentes da barbárie que se pratica nos dias de hoje em nome da liberdade e da razão.
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